José Valdez de Castro Moura

          JOSÉ VALDEZ DE CASTRO MOURA nasceu em Limoeiro do Norte/CE, a 19 de julho de 1949, filho de José Claudino de Moura e Anilda de Castro Moura. Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Maranhão (1974) e Professor universitário, pertence a várias Entidades Literárias do Brasil,como: União Brasileira de Escritores(U.B.E.),União Brasileira de Trovadores ( U.B.T.), Academia Pindamonhangabense de Letras, Academia Limoeirense de Letras e Academia Paulista de Jornalismo.

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Na praça da minha vida            (1º lugar "Confr. Trov. Paulistas - 1998)
vi, de joelhos, em vão,
uma ofensa arrependida
pedindo abraço ao perdão... 

Na praça da minha vida,          ("União" - M. Especial em Natal/RN - 2011)

unidas, vi, a chorar,

abraçada à despedida

a saudade a soluçar...

Partiu, deixando o seu traço                    (M. Honrosa Nova Friburgo 2009)
no meu caminho dos sós...
- A saudade é esse espaço
que existe sempre entre nós.

O destino nos ensina
mensagens que são verdades:
- Quem só enfrenta neblina                   (Venc. Cambuci 2008 - "Tema livre")
fraqueja nas tempestades !...

Não reclames dos espinhos
na estrada do teu fadário...
Jesus tinha outros caminhos                   (2º lugar Caicó 2008 - "Estrada")
mas escolheu o Calvário.

Anseio, na noite calma,
seu retorno, sem tardança;
pois, se a sedução tem alma                   (Venc. Pinda 2008 - "Sedução")
ela se chama esperança!

Luz débil que bruxuleia,
mesmo assim ela persiste:                                         (Magé 2007)
- a minha paz é candeia
no viver de um homem triste !

Guarde respeito à vitória,
não humilhe os perdedores,
porque a soberba da glória                (ME Amparo 2006)
marca o fim dos vencedores.

Coração, inda pranteias
tantas perdas, nostalgias...
E, de angústias estão cheias              (Venc. Pinda 2006)
as minhas noites vazias!

Quando há corações armados
motivando acordos vãos,
por que abraços apertados                                 (MH Friburgo 2005)
e tanto aperto de mãos?

As afrontas do passado
não guardo! Vou esquecê-las!                (Amparo 2003)
Pois bem sei que um céu nublado
não me deixa ver estrelas!

Saudade, que dor enorme,
é triste o nosso sentir:
você se deita e não dorme                      (M. Honrosa em Pinda - 2002)
e nem me deixa dormir!

Sou, nas praias dessa vida,
que o destino desprezou,
fugaz espuma esquecida                 (Ponta Grossa 2001)
que o mar, na areia, deixou!

Naquele instante sofrido
em que tudo perde o encanto,     (Menção Especial Porto Alegre, 2001)
ajuda é lenço estendido
para enxugar nosso pranto...

Reflito no dia-a-dia,                            (Bandeirantes 2001)
que o amanhã, no meu ocaso,
com seus tons de nostalgia,
é a vida encerrando um prazo.

Tanta mentira e incerteza
vivi nessa vida e, assim,                      (VENC. 1999 – Pinda)
eu constato, com tristeza,
que a vida passou por mim...

Contemplo o correr dos anos
e, o que fere e faz sofrer                 (VENC. PINDA 1999 – Mentira)
não é somar desenganos,
é a mentira em meu viver!

Nas lutas do seu viver
guarde o troféu merecido.     (Porto Alegre 1999)
Virtude é saber viver
sem humilhar o vencido!

Sob a marquise silente,               (4º lugar Ribeirão Preto 1999)
sem futuro, ao rés do chão,
dorme o menino carente,
sem lar, sem porvir, sem pão.

Ó Deus, justiça ao menino...     (ME Ribeirão Preto 1999)
no mar da vida atirado,
que vive o triste destino
do menor abandonado!

Jamais chore as tristes horas           (ME em ?UBTNatal  2003)
do seu viver que angustia.
Paciência é ver auroras
no final de cada dia...

Nas lastime as tristes horas         (Vencedora Barra do Piraí 1998)
da viagem que angustia...
Viver é criar auroras
no ocaso de cada dia...

Discórdia, sonhos frustrados
e as mágoas não resolvidas      (VENC. PINDA 1998 – Discórdia)
são os nós não desatados
das cordas das nossas vidas...

O fim do amor principia
se a discórdia vem rondar      (ME PINDA 1998 – Discórdia )
e a gente perde a magia
de não poder mais gostar...

Cante a paz, o amor fecundo,
torne a vida mais risonha
e sem mágoas, porque o mundo      (Pouso Alegre 1998)
não perdoa a quem não sonha!

Malgrado as tristes lembranças
prossigo a viver sonhando,                             (M.Honrosa Friburgo 1997)
acalentando esperanças
que a tristeza foi matando...

O tempo, só por maldade,
deixou marcas do desgosto,     (MH = PINDA 1997 - Tempo)
nas rugas de ansiedade
que hoje trago no meu rosto.

Enfrento a mais dura prova
que o destino apresentar,      (VENC. PINDA 1997)
ouvindo o cantar da trova,
que é fonte do meu cantar.

Passa o tempo e, amargurado,      (VENC. PINDA 1996 – Tempo)
trilhando sendas de espinhos,
vivo pagando pecado
no delírio dos sozinhos.

Os santos do meu fadário,           (co-vencedora em São Paulo - 1996)
triste, busquei nos irmãos.
Vi poucos indo ao Calvário,
e muitos lavando as mãos!

Heróis em tantas batalhas,
sem glórias, sem monumento,
quantos tombam sem medalhas                     (Venc. BH 1996)
no abismo do esquecimento!

No sofrer que vai e volta,                      (M. Honrosa Belém 1996)
vive em paz! Confia em Deus,
quando o fogo da revolta
sepultar os sonhos teus...T

ropeçando nos fracassos
dos frustrados sonhos meus,     (co-vencedora em Cornélio Procópio - 1995)
sinto ciúme dos passos,
nos passos que não são teus...

Nos garimpos desta vida,                        (Venc. Niterói 1995)
que o destino abandonou,
eu sou bateia esquecida
que nem cascalho pegou.

Rogo em gritos reprimidos            (3º lugar em Taubaté - 1995)
o resgate do direito:
libertai os excluídos
dos grilhões do preconceito!

Jamais busco o falso atalho
da glória não merecida...
É no suor do trabalho
que se constrói uma vida!

Nesses tempos de cobiça,
em que cresce o preconceito,
cidadania é justiça,
é o resgate do direito!

Procure a paz, sem tardança,
no infinito dos seus ais...
Prefira o sempre-esperança      (Fonte: Trovamar Nov. 2008)
à tortura do jamais!

Na ampulheta, a areia desce,     (Fonte: Informativo SP 04/99)
passa o tempo sem tardança...
Cada grão que cai parece
a morte de uma esperança...

Se no presente o sofrer       (M. Especial SP 1983)
às vezes dói, refleti:
- Lutando para viver
eu posso dizer: vivi!

O rumo de ser feliz
quantas vezes se elucida,
num mero traço de giz,
no quadro negro da vida !

Sou, no retorno ao passado,

– meu teatro de deslizes,

um mero ator fracassado

no palco dos infelizes!