II Concurso de Trovas da Casa do Poeta de Juiz de Fora - 1997

II CONCURSO DE TROVAS DA CASA DO POETA – JUIZ DE FORA – 1997

                                        TEMA = MUSA

 

1º lugar:

Eu não sei fazer poesia

para os teus olhos risonhos

mas te confesso, Maria:

- és a musa dos meus sonhos!

MARINA BRUNA - SP

 

2º lugar:

Oh, musa, se eu te perdi

por caminhos tão dispersos,

junto os pedaços de ti,

espalhados nos meus versos!

ZAÉ JUNIOR - SP

 

3º lugar:

Foi em tua alma serena

que achei o amor puro e limpo;

uma só musa terrena

vale por todas do Olympo.

JOSÉ M. MACHADO DE ARAÚJO - RJ

 

4º lugar:

Chegou com ares de musa,

como alguém que nada quer,

e frágil, meiga, confusa,

no meu leito foi mulher.

ERNESTO TAVARES DE SOUZA - PINDAMONHANGABA

 

5º lugar:

"Cometa Halley” chamei

minha musa mais querida,

pois só uma vez a encontrei

nas noites de minha vida...

JOÃO PAULO OUVERNEY – PINDAMONHANGABA

 

MENÇÕES   HONROSAS:

 

Mesmo amargando a recusa

aos poemas que te fiz,

continuas sendo a musa,

mas... de um poeta infeliz!

ANTONIO CARLOS T. PINTO – NITERÓI

 

O quarto de que disponho

é um Olimpo que bendigo.

Lá eu cultivo o meu sonho,

e a musa dorme comigo!

EDMAR JAPIASSÚ MAIA – RIO

 

Não tenho ciúmes, amor,

das outras musas.  Não vê

que trovas só têm valor

se quem me inspira é você?

J. STAVOLA PORTO – NITERÓI

 

Viva em meus sonhos dispersos,

mas simples sonho, no fundo,

foste a musa dos meus versos..

Nunca a mulher do meu mundo.

 

A solidão foi intrusa

e fez de mim, na chegada,

triste poeta sem musa

compondo versos ao nada!

SÉRGIO BERNARDO – FRIBURGO (duas)

 

 

MENÇÕES   ESPECIAIS:

 

Os teus ciúmes perversos

te levam, mesmo, a odiar

a musa que inspira os versos

que vivo a te dedicar...

ADÉLIA VICTÓRIA FERREIRA – SP

 

Malgrado a história indiscreta

de que o povo nos acusa,

tu foste apenas poeta,

e eu nunca passei de musa...

ALBA CHRISTINA CAMPOS NETTO – SP

 

Meu coração se recusa

a te ganhar por esmola;

já que eu não sou tua musa,

ser amiga não consola.

ALMERINDA LIPORAGE – RIO

 

Não aceito esta recusa

pois sem amor, incompleta,

fui querer ser tua musa

sem que fosses meu poeta!

MARIA EUGÊNIA RODRIGUES – RIO NOVO

 

Pelo nome eu a chamei

no início... Felicidade!

Mas da musa hoje eu só sei

o sobrenome... Saudade!

JOÃO PAULO OUVERNEY

 

Eu nunca amarei um poeta,

mesmo que ele me seduza,

pois o seu verso, alma inquieta,

vagueia de Musa em Musa!...

MARINA BRUNA

 

Quando ao amor te recusas,

a inspiração não acordas...

Porque poetas sem musas

lembram violas sem cordas!

HELOISA ZANCONATO PINTO – JF

 

Minha musa andei buscando

no céu, em longínqua estrela,

mas por ela estar brilhando

tão perto, não pude vê-la...

JOÃO PAULO OUVERNEY

 

Foi a musa da saudade

que apagou neste meu peito

o poema – Felicidade

e escreveu – Sonho Desfeito!

MARIA LÚCIA DALOCE CASTANHO - BANDEIRANTES

 

O poeta já nem sonha!...

Que triste paixão secreta!

E a sua musa, tristonha,

já procura outro poeta.

THEREZINHA DIEGUEZ BRISOLLA – SP

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Crédito da materia ao trovador João Paulo Ouverney