MÁRIO ROSSI nasceu em Petrópolis/RJ, a 23 de maio de 1911, filho de Alexandre Rossi e Aurélia Pizzoni Rossi.
Melancólica jornada
a do pobre e humano ser:
vir do nada e ao mesmo nada
cedo ou tarde reverter.
Quem ama, teme a saudade,
porque, na vida real,
amor e felicidade
às vezes trocam de mal.
Riscando o papel almaço,
meu Faber número dois
escreve os versos que eu faço
e rasgo logo depois...
Amar? Amei como um louco!
Se fui amado, não sei...
A vida dura tão pouco
que disso não cogitei.
Se às vezes torno-me esquivo,
bruto, mordaz, respondão,
é procurando um motivo
para pedir-te perdão.
A minha felicidade,
de tanto andar escondida,
acaba tendo saudade
da minha vida sem vida.
Se o silêncio vale ouro,
como dizem por aí,
abro mão desse tesouro,
pelo bem que quero a ti.
A mulher condensa tudo
que faz o mundo girar.
Fique cego, surdo e mudo
o tolo que duvidar...