CARLOS DE SOUZA é trovador residente na cidade de Amparo/SP.
Depois de muita saudade
o coração se acostuma,
descobre que, na verdade,
não teve saudade alguma!
No mar de minha saudade,
fui procurar novos portos.
Ressuscitei, na verdade,
os sonhos que estavam mortos!
Para falar a verdade,
não quis seguir seus caminhos.
Chamados pela saudade,
meus pés vieram sozinhos...
A ruazinha pacata,
a velha raça, o jardim...
E uma saudade que mata,
vivendo dentro de mim!
A mão que semeia pranto
e que não guarda segredos,
essa mão pode, no entanto,
um dia ficar sem dedos.
Verdadeira esta jornada
que se leva vida afora:
Pra nascer – hora marcada...
Mas pra morrer – não tem hora.
A fé remove montanha,
esse é o dito popular.
Mas quando a mulher se assanha,
nada fica em seu lugar!
Esse caso é complicado
pois eu tenho uma sobrinha
que é mulher do meu cunhado
mas não é cunhada minha.