GILBERTO GUERREIRO BARBALHO nasceu em São José do Mipibu/RN em 1926, depois fixou residência no Rio de Janeiro e, posteriormente, em Mariana/MG. Economista e matemático, aposentou-se pelo BNDES.
Livro-oração, o Horto de Auta
lembra, em seus versos doridos, (1º lugar em Natal - 2001)
o doce som de uma flauta
a encantar nossos ouvidos.
Quanta beleza irradia
esse "Horto" de Auta de Souza, (5º lugar em Natal - 2001)
é a mais sublime poesia
onde a fé cristã repousa.
Malgrado ter vida breve,
como diz mestre Cascudo,
Auta é a menina que escreve (7º lugar em Natal - 2001)
um Horto que nos diz tudo...
Madrugada... a chuva fina, (5º lugar em Nova Friburgo - 1998)
emoldurando a janela,
forma um vulto na neblina
e, no vulto, o rosto dela...
Há tanta leveza e graça
no teu porte, ao caminhar,
que o vento forte que passa, (5º lugar em Ribeirão Preto - 1996)
faz-se brisa ao te encontrar...
Quando te espero, querida, (Vencedora em Barra do Piraí - 1991)
se por acaso demoras,
cada segundo é uma vida,
no tique-taque das horas.
Coração é vida, chama,
estranho e insondável cofre, (M. Honrosa em Rio Novo/MG - 1991)
sofre demais se não ama,
se ama demais, muito sofre!
Um motivo, na verdade,
levou-me a ser Trovador: (FONTE: Roberto Acruche)
poder matar a saudade
fazendo trovas de amor.
Tendo por teto a marquise,
crianças famintas, nuas...
são o retrato da crise
que o país joga nas ruas...