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RUBENS Mendes DE CASTRO, nasceu em Lençóis/BA em 07 de julho de 1915. Filho de Faustino Gomes de Castro e Guiomar Mendes de Castro. Morou no Rio de Janeiro e em Cuiabá, antes de fixar domicílio em Corumbá/MT, teve brilhantes passagens no cenário trovístico brasileiro, inclusive um 1º lugar em Nova Friburgo no ano de 1969. Rubens de Castro ocupou a cadeira nº 28 da Academia Corumbaense de Letras e pertencia também à Academia Sul-Matogrossense de Letras. Seus dois primeiros livros foram Alma Cigana-1984 e Flor dos Aguaçais-1986. Faleceu em Cuiabá no dia 04 de julho de 1999, três dias antes de completar 84 anos.
Minhas mágoas foram tantas,
tantas foram, que não sei,
que não sei nem mesmo quantas, (co-vencedora no Rio de Janeiro - 1979)
quantas mágoas já passei!
Morre o sol!... E a natureza,
que é toda angústia e magia, (3º lugar IV Jogos Florais da Guanabara - 1972)
põe clarões de vela acesa
nas mãos cansadas do dia!
Angústia, instante cinzento, (13º lugar Nova Friburgo 1971)
opaco... frio... tristonho...
tristeza de um só momento
na eternidade de um sonho!
Bateu à porta, de leve.
Depois meu nome chamou!...
- Não pode ser, não se atreve. (2º lugar Nova Friburgo-1970, tema "Presença")
Mas era ela... voltou!
Sozinho... O tempo passando, (1º lugar Nova Friburgo 1969 - "Abandono")
um dia vai, outro vem...
Meu Deus! Maria chegando,
abro meus olhos... ninguém!
De gota em gota, pingando, (5º lugar Corumbá 1968)
sem ver que a chuva parou,
goteira é a casa chorando
porque você não voltou.
Naquele quarto onde outrora (8º lugar Corumbá 1968)
nosso amor viveu... sonhou...
sua boneca que chora,
me vendo triste... chorou!
Você partiu... quantos anos... (19º lugar Corumbá 1968)
nem sei se o mundo parou!...
E, apesar dos desenganos,
você partindo... ficou!
Nossa união se baseia
em coisas simples assim:
de pequenos grãos de areia, (5º lugar em Petrópolis - 1968)
são os desertos sem fim!
Você já foi a escolhida
para ser, em meu caminho,
na Santa Ceia da Vida,
meu céu, meu pão... e meu vinho!
HUMOR
Diz a empregada à patroa, (Vencedora Rio de Janeiro 1983)
encerrando a discussão:
- Nunca falei que sou “boa”,
quem falou foi meu patrão!