LUIZ BANKS DOS SANTOS nasceu em Recife, no dia 05 de maio de 1908, filho de Luís Victorino dos Santos e Marianna Banks dos Santos. Segundo descrição de seu neto Eduardo Banks, o avô Luiz desembarcou na "Cidade Maravilhosa" em 1938, cidade que o poeta descreveu assim: "Rio de Janeiro: cidade que a todos recebe com sorriso de mulher bonita". E ali ele viveu até o fim de seus dias, tendo mudado de Plano no dia 28 de agosto de 1976. Residia à Rua Agenor Moreira, 62 - Andaraí.
As trovas abaixo foram extraídas do livro "Trovadores do Brasil", 2º volume, de Aparício Fernandes, Editora Minerva/RJ, 1967.
A moeda da Amizade
tem circulação restrita.
Muitos sabem que é verdade,
mas pouca gente acredita...
Ciúme é sempre tristeza,
grande mal, maior rancor,
que se abriga, com certeza,
onde não existe amor.
Ciúme - grande tormento
de um coração imolado,
que vibra em triste lamento
dentro de um bem fracassado.
A tua alma apaixonada
vive num mundo sem lume.
- Fez nela sua morada
o detestável ciúme!
És tão sutil e formosa,
encantas todo e qualquer...
Mas, menina, és uma rosa:
rosa em forma de mulher!
É tanta a sofreguidão,
é tanta a angústia incontida,
que palpita o coração
na hora da despedida!
Era tanto o nosso amor,
tanta paz... tanta afeição...
- Por que transformar em dor
aquela dedicação?
Ó lua dos namorados,
que te adoram eternamente,
tens nos raios prateados
o sonho de toda gente!
Eu quero viver cantando,
como o rouxinol na mata,
minhas trovas musicando
em noites de serenata!
Na terra preta que a gente
calca ao pé, seja onde for,
quando lançada a semente,
há de brotar linda flor!