CONSTANTINO de Alvarenga GONÇALVES nasceu em Campos, Rio de Janeiro, em 23 de dezembro de 1937, filho de Constantino Gonçalves Netto e Licínia Alvarenga Pinto. Entre outros livros, publicou "Pétalas" (trovas) e "Friburgo, Cidade Inspiração".
Reflete uma triste imagem (M. Especial em Niterói - 1979)
este espelho reluzente.
Só mostra a falsa paisagem
que está por fora da gente.
Na lareira da ansiedade,
no fogo azul do esplendor, (M. Honrosa em Juiz de Fora - 1987)
o desejo é, na verdade,,
a brasa viva do amor.
Guardo a triste ressonância
daquela angústia perdida,
que amargou a minha infância,
que amargou a minha vida.
O firmamento está lindo!
Que serenata excelente!
Acorda o que está dormindo,
alegra o que está doente.
Angústia - drama pungente,
é drama sempre lembrado;
- angústia não tem presente,
- angústia não tem passado.
O abandono tem tanta arte,
que na vida não se explica,
- às vezes, vive quem parte,
- às vezes, morre quem fica.
Depois de guerras e luta,
eis o que surge, afinal:
uma confusa disputa
pela paz universal.
Quando a mulher quer casar,
não cuida saber com quem.
Depois põe-se a lastimar,
quando jeito já não tem...