NOTA OFICIAL
Nossa Academia está de luto, como também todos os seus associados e amigos, pela perda irreparável do irmão ADEMAR MACEDO, nesta terça-feira, 15 de janeiro de 2013, às 7h da manhã. Não poderia ser diferente, pois deixa nosso convívio um grande poeta, um grande amigo e uma excepcional criatura humana. A vaga do sócio será preenchida futuramente, mas o apóstolo da poesia não terá substituto; o amigo e a criatura humana também não.
A saudade de Ademar será revivida em todo o território nacional, a cada dia, quando as suas MENSAGENS POÉTICAS não mais aparecerem na Internet. O seu espaço terreno ficará vazio, mas o céu, a partir de hoje, estará cada vez mais bonito e alegre, com ele cantando trovas num coro de anjos.
Na sessão do mês de março (dia 5), a ATRN prestará homenagem a esse guerreiro que somente a morte conseguiu vencer.
Pirangi, 15 de janeiro de 2013.
JOSÉ LUCAS DE BARROS, Presidente.
http://falandodetrova.com.br/poetaademar
DEPOIMENTO DO JOVEM E TALENTOSO MANOEL CAVALCANTE:
É, "véi doido", (era assim que você me chamava e lhe chamava também) você foi embora, como você mesmo dizia: "ligeiro que só a mulesta!". Resta-me agradecer por você ter transformado meus dias, por ter feito tanto eu rir. Foi tanta lição que não dá para escrever aqui. Foi você que me ensinou que a vida é uma piada, apesar de eu já desconfiar, piada que você contava bem demais... Foi você que me indicou na Academia de Trovas do RN, que enfrentou a barra e que sentia orgulho a cada premiação minha, dizendo que eu era cria do seu buxo. Foi muito rápido, mas eu posso dizer que deu tempo de brincar, inclusive com sua morte num poema que lhe fiz e você disse ao ler: "o diabo é quem morre mais...", isso me regozijou!
Você e Macedo eram palhaços cativos do meu circo, eram poetas presentes nos meus versos, eram espelhos de vida. Foram muitas viagens juntos, na última delas para Caicó você me confidenciou que estava com medo da doença voltar e que não tinha dito a ninguém, mas disse que estava pronto e feliz para morrer. Quem diria isso? Só um espírito como o seu! Agora não tem mais ninguém para dizer que minhas trovas são fracas, que eu sou o poeta mais feio do Brasil etc... A trova morre em grande parte para mim... Macedo era um verso, você outro, e agora resta-me tentar escrever os outros dois sem os primeiros, ofício em vão...
Como você dizia em nossas ligações: "Inté, véi doido, xau", "I love you que só a mulesta!" Um dia eu te encontro para rirmos e mangarmos um da cara do outro.