MANOEL CLARO, escritor nascido em Curitiba, em l937, foi militar, mecânico, professor e, depois, médico. Mas...
PARA FALAR DE UM POETA, NADA MELHOR DO QUE O PRÓPRIO POETA, isto em maio de 2009: "Médico y poeta. Uso un heterónimo Manuel María Ramírez y Anguita. Naci en Curitiba, fui profesor y militar. Vivo y trabajo en Ponta Grossa. Tengo publicados 29 Cuadernos de Trovas que he reunido en dos volúmenes "De um Aprendiz de Feiticeiro", un Cuaderno de Sonetos, "Intimidade". Ahora estoy publicando "Meu Pequeno Mundo", reunindo nueve Cuadernos de Trovas y "Carta a una Estrella Solitária" poemas bilingues. Hay libros de prosa que nada tienen con mis ideales poéticos."
Não cultives a saudade,
o que se foi, já morreu;
por mais que o antes te agrade,
já passou, não é mais teu.
Meu filho, embora acredites
em liberdades totais,
se não conheces limites,
não serás livre, jamais.
Confia no que acredites,
pensa grande no que acolhas;
não passarás dos limites
das tuas próprias escolhas...
Bem pouco significa
a amizade morna e muda.
Aquele que te critica
é sempre quem mais te ajuda.
Rezo, rezo e penso em mim,
mas reza, enfim, não me muda,
pois quando a sopa é ruím,
o tempero não ajuda.
Na solidão que me esconde,
pelo caminho em que vim,
eu me perdi, não sei onde.
Ah, que saudade de mim!
Esqueço o que me reclama,
no mundo que me provê,
quando o universo é uma cama
e o centro dela é você!
De tantas trovas, tan bellas,
que con amor escribí,
son más lindas entre ellas,
squellas que hablan de ti.