Passado... viva candeia,
embora há muito afastado; (co-vencedora em Pindamonhangaba - 2005)
um livro que se folheia,
que não se guarda fechado.
Mostra bem mais que coragem (8º lugar em Pouso Alegre/MG - 2005)
quem, na fonte do poder,
não sorve a doce vantagem,
prefere o amargo dever.
Se o fracasso te magoa,
guarda a coragem e avança, (14º lugar em Pouso Alegre/MG - 2005)
que o brilho vem da pessoa,
não das honras que se alcança.
Se um adeus é dor tamanha, (Venc. São Paulo 2003)
estilhaça o coração,
regresso é um imã que apanha
cada pedaço no chão...
Com imprevistos sem conta,
segue-se a estrada escolhida. (11º lugar em Nova Friburgo - 2002)
Certeza é um lápis sem ponta
que tenta escrever a vida.
Na vida, a grande virtude
não é correr na jornada,
mas, sem pressa e em plenitude, (Menção Especial em Amparo - 1999)
completar a caminhada.
A educação é candeia,
faz da treva o amanhecer, (Menção Honrosa em Taubaté - 1998)
na campinas que semeia
vê-se o futuro nascer.
Consegue a paz verdadeira
quem, ao levar sua cruz,
transforma os nós da madeira (Menção Honrosa em Niterói - 1997)
em claros fachos de luz.
Sem brinquedo, a sós na rua,
pede a criança, baixinho:
"Senhor Deus, me empresta a lua (Menção Especial em Bandeirantes - 1996)
para brincar um pouquinho".
O outono chegou de manso
e em teu rosto, bem fininhos, (1º lugar em Pouso Alegre/MG - 1996)
pôs traços que não me canso
de apagar com meus carinhos.
Põe luz em tua jornada,
pois o que importa na vida
não é o tamanho da estrada, (co-vencedora em Rio Novo/MG - 1996)
mas como foi percorrida.
HUMORÍSTICAS
A tenista, uma vedete,
deu no parto um trabalhão; (M. Honrosa Ribeirão Preto, 2000)
foi um sufoco a raquete
que o nenê tinha na mão!
"Mas que preguiça'' e, no escuro, (M. Especial em Nova Friburgo - 1998)
o pau-d'água, chave à mão,
espera, encostado ao muro,
que ali passe o seu portão!
Em trambiques pela rua
não consegue mais lembrar (9º lugar em Nova Friburgo - 1997)
se a mulher é mesmo sua
ou se acabou de trocar.