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ISTO É CULTURA!
(XVI)
Por Thalma Tavares - setembro/2016
QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA & CURIOSIDADES
ATENDER O TELEFONE– ATENDER A CAMPAINHA
É comum a gente dizer e ouvir dizer: Fulano, atenda o telefone! Está correto? Claro que não. Este é mais um dos erros nossos de cada dia. O verbo atender é transitivo indireto sempre que for usado com o sentido de dar ou prestar atenção, tomar em consideração, considerar. Assim, será usado com a preposição a. Exemplos:
Atendi ao telefone.- Não atendemos ao seu chamado, estávamos viajando.- Por favor, atenda à campainha. – O prefeito atendeu à solicitação dos funcionários. – A lei pode parecer justa, mas não atende aos interesses do professorado.
TEM ALGUÉM NO TELEFONE?...
Claro que não. Ninguém nunca está no telefone, mas sempre ao telefone. Portanto a pergunta correta é: Tem alguém ao telefone?
A propósito deste erro, conta-se que certo ministro brasileiro, cujo nome o cronista houve por bem não registrar, contratou um eficiente secretário português para desembaraçar o expediente em seu gabinete. Certo dia, ao ouvir tilintar a campainha do telefone, o ministro pergunta ao lusitano: "Tem alguém no telefone, Sr. Secretário?" E ele responde: "No telefone, Excelência, garanto que não há ninguém. Mas ao telefone há uma pessoa que deseja falar- lhe."
CURIOSIDADE:
O leitor sabe, por acaso, a razão do nome OLINDA dado à antiga capital de Pernambuco? Se ainda não sabe tome nota:
Quando DUARTE COELHO, donatário da Capitania de Pernambuco, pôs pela primeira vez os pés na costa brasileira, na região dos arrecifes, ficou deslumbrado com a beleza natural que a paisagem oferecia e exclamou com entusiasmo, apontando a colina à sua frente: "oh, linda posição para uma vila!" E sobre a bela elevação coberta de palmeiras, que os caetés (aborígines) chamavam de "Mairim", construiu-se uma vila que recebeu o nome de Olinda, tempos depois destruída pelos holandeses por motivos estratégicos, para ser substituída por uma nova capital construída mais abaixo, ao nível do mar: o Recife, conhecido como a Veneza Brasileira e, também como a Cidade Maurícia ou Mauricéia, por ter sido a sede do governo holandês no Brasil, chefiado pelo Conde Maurício de Nassau.
Acreditem e tomem nota, porque isto é cultura!