RESULTADO - Iº CONCURSO DE TROVAS DE ASTOLFO DUTRA
COMISSÃO JULGADORA (AMBAS CATEGORIAS)
Arlindo Tadeu Hagen
Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho
Marcia Jaber
Messias Rocha
Romilton Faria
ÂMBITO NACIONAL/INTERNACIONAL – PLATEIA(L/F) –VETERANOS
VENCEDORAS:
1º lugar
O velho ator, alquebrado,
da realidade fugindo,
ainda sonha acordado,
com a plateia o aplaudindo.
Arthur Thomaz da Silva Neto – Sumaré/SP
2º lugar
Sem tristeza, dor ou fome,
com meninos bem risonhos,
não há cor nem sobrenome
na plateia dos meus sonhos.
Maria Lúcia Spadarotto Neves - Itaperuna/RJ
3° lugar
Mantenho a dor na penumbra,
nos palcos do dia a dia:
que a plateia só vislumbra
a máscara da alegria.
Sérgio Ferreira da Silva – São Paulo/SP
4° lugar
A plateia vai embora…
veste o palco a escuridão;
todos se despem agora
de seus trajes de ilusão!
Elvira Drummond – Fortaleza/CE
5° lugar
Se Deus me ouvisse, eu queria
me ver de forma invertida…
Ser plateia, por um dia,
no teatro de minha vida.
Francisco Gabriel – Natal/RN
MENÇÕES HONROSAS (Ordem Alfabética)
Não sabemos até quando
vão deixar-nos ter ideias.
Com as máquinas "pensando",
fomos postos nas plateias.
Antônio Augusto de Assis – Maringá/PR
Na plateia, três somente
e eu, feliz, logo ao chegar...
tenho o mundo à minha frente
na consagração de um lar.
Cipriano Ferreira Gomes – São Paulo/SP
Mesmo aos ventos da distância,
não vou me esquecer jamais
do palco da minha infância
e na plateia, meus pais.
Maria Lúcia Spadarotto Neves - Itaperuna/RJ
Os aplausos que auferi
tornaram-se em utopia,
quando, na plateia, eu vi
tua cadeira vazia.
Paulo Cezar Tórtora – Rio de Janeiro/RJ
Quem é realmente honesto
e faz o bem de verdade,
age em silêncio, é modesto,
sem plateia e sem vaidade.
Teresinha Aparecida Ponciano – Porto Alegre/RS
MENÇÕES ESPECIAIS (Ordem Alfabética)
A sociedade é a plateia
que exige perfeccionistas:
vida é o palco da odisseia
onde nós somos artistas.
Alba Helena Corrêa – Niterói/RJ
Quando o sol clareia o dia,
dá seu show intenso e lindo;
que pena que a maioria
da plateia está dormindo.
Elizabeth Aparecida de Castro Mendonça Fontes – Joinville/SC
Mesmo sem plateia, enceno
todo dia, em minha lida,
meu papel, mesmo pequeno,
no espetáculo da vida.
Lothar Antenor Bazanella – São Roque/SP
Minha plateia é o destino,
que me dá, no dia a dia,
as vaias que eu abomino
e as palmas que eu não queria.
Paulo Cezar Tórtora – Rio de Janeiro/RJ
Que haja sempre nova estreia,
no espetáculo da vida,
com aplausos da plateia,
em cada etapa vencida.
Silvia Maria Svereda – Irati/PR
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ÂMBITO NACIONAL/INTERNACIONAL –CELULAR (H)–VETERANOS
VENCEDORAS:
1º lugar
Índio, pela aldeia, passa;
já está dando o que falar:
trocou sinal de fumaça
por sinal de celular.
Geraldo Trombin – Americana/SP
2º lugar
Ela traiu o marido
pelo celular... Que cena!
E um mistério irresolvido:
nasceu chifre ou uma antena?
Paulo Roberto de Oliveira Caruso – Niterói/RJ
3° lugar
Com o celular na mão
corre ao banheiro, a cunhada,
sem dizer se é ligação
particular ou... privada.
Maurício Cavalheiro - Pindamonhangaba/SP
4° lugar
Atendendo ao celular,
disse à esposa o Manoel:
como pudeste me achar
aqui dentro do motel?!
Renata Paccola - São Paulo/SP
5° lugar
Saindo pra conversar,
levando o celular junto.
Se a bateria acabar,
ficam logo sem assunto…
Arthur Thomaz da Silva Neto – Sumaré/SP
MENÇÕES HONROSAS (Ordem Alfabética)
Num celular, descobriu
segredos do companheiro,
que disse: — Esqueça o que viu,
que esse bicho é fofoqueiro!
Francisco Gabriel – Natal/RN
– O celular ou a vida?
fala com arma na mão.
– O celular, não, querida;
espero uma ligação!
Geraldo Trombin – Americana/SP
Ele gosta de sentar
em cima do iphone dele.
Ao vibrar do celular,
o cara vibra com ele.
Luiz Antonio Cardoso – Taubaté/SP
Viram no Bar do Beijoca
um celular de um bebum;
quando a campainha toca,
pede uma cinquenta e um;!...
Roberto Tchepelentyky – São Paulo/SP
Não durmo, não faço amor,
nem posso me concentrar!
O que é que eu tenho, Doutor?;
;Pelo jeito... um celular;
Sérgio Ferreira da Silva – São Paulo/SP
MENÇÕES ESPECIAIS (Ordem Alfabética)
Eu celulo, tu celulas,
celulamos sem cessar...
– Quantas horas e horas nulas
por conta do celular...
Antônio Augusto de Assis – Maringá/PR
Só por culpa do neném,
que no celular mexia,
veio à tona o grande harém,
que o papai sempre escondia.
Caterina BalsanoGaioski – Irati/PR
Escrevi, no celular:
“votos de muita alegria”;
o corretor quis trocar
e desejou “alergia” …
Elvira Drummond – Fortaleza/CE
... E quase chegando ao cume,
na terceira dimensão,
meu celular com ciúme
interrompe a ligação...
Juarez Francisco Moreira da Silva – Rio das Ostras/RJ
Quis privar meu companheiro
da minha vida privada;
e ao me esconder no banheiro,
celular foi-se à privada!
Teresinha Aparecida Ponciano – Porto Alegre/RS
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ÂMBITO NACIONAL/INTERNACIONAL – PLATEIA(L/F) –NOVO TROVADOR
VENCEDORAS:
1º lugar
Ao fim do quarto crescente,
a lua faz sua estreia!
Redonda e resplandecente,
torna as estrelas plateia.
Letícia MatelaLobosco - Nova Friburgo - RJ
2° lugar
No palco da nossa vida
atuamos bem ou mal.
É da plateia envolvida
que recebemos sinal.
Jacyra Carneiro Montanari – São Paulo/SP
3º lugar
No imenso palco da vida,
você precisa escolher:
ser plateia precavida,
ou o roteiro escrever.
Aparecida Militão Kugelmeier – Campinas/SP
4º lugar
O sol, ao nascer, encena
um espetáculo lindo,
mas a plateia é pequena,
porque o povo está dormindo.
Laercio SantAnna – São Paulo/SP
5° lugar
Se o personagem transcende
e revela além do que é,
a plateia já se rende
aplaudindo o ator de pé.
Adelgício Ribeiro de Paula – São Paulo/SP
ÂMBITO NACIONAL/INTERNACIONAL – CELULAR (H) –NOVO TROVADOR
VENCEDORAS:
1° lugar
Tudo querem resolver
sem um ao outro encontrar
qualquer hora vão querer
ter filho por celular.
Laércio SantAnna – São Paulo/SP
2º lugar
Onde está meu celular?
Chega dar-me um arrepio.
Se minha mulher achar:
Melhor me jogar num rio.
André de Souza Pires – São Roque/SP
3° lugar
Hoje o arroz com feijão
perdeu para o celular,
não se tira ele da mão
nem mesmo pra mastigar.
Basilina Pereira – Brasília/DF
4° lugar
Meu celular sabe tudo,
até o que não interessa...
Vou ao padre, fico mudo,
o aparelho é que confessa.
Antônio Rosélio Nunes Pacheco – Itaperuna/RJ
5º lugar
Fui comprar um celular
vi modelos de montão.
Mas eu só quero ligar!!!
Que saudade do orelhão.
Selma Arraval – São Roque
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Resultado I Concurso de Trovas “Cidade de Astolfo Dutra”
Âmbito Estadual
Julgadores: Edy Soares, Mara Melinni, Professor Garcia
Categoria: Veterano
Tema: Cortina (L/F)
Vencedores
1º Lugar: Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho (Juiz de Fora/MG)
O espetáculo termina,
no grande palco da vida,
quando se fecha a cortina
e acende a luz da saída.
2º lugar: Arlindo Tadeu Hagen (Juiz de Fora/MG)
Encenando nossas sinas,
a vida é um teatro a mais,
onde fecham-se as cortinas
sem os aplausos finais.
3º lugar: Arlindo Tadeu Hagen (Juiz de Fora /MG)
Tenho a impressão que a neblina,
quando cai atrás do monte,
é uma rendada cortina
na janela do horizonte!
4º lugar: Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho (Juiz de Fora/MG)
Foste embora e sem ter graça,
minha alegria fingida,
é cortina de fumaça
ocultando a dor sofrida.
5º lugar: Fernando Antônio Belino (Sete Lagoas/MG)
Teu riso abrindo a cortina
da longa noite em meu rosto,
trouxe a manhã cristalina,
ao dissipar meu desgosto.
Menção Honrosa (em ordem alfabética)
Fernando Antônio Belino (Sete Lagoas/MG)
Feito a luz que acende o dia,
na cortina do arrebol,
teu olhar trouxe alegria,
à minha vida sem sol.
Márcia Jaber (Juiz de Fora/MG)
No esplendor da majestade,
trazendo luzes, em rumas,
o Sol, a manhã invade
e abre a cortina das brumas.
Márcia Jaber (Juiz de Fora/MG)
Por trás das cortinas da alma,
os sonhos reveladores...
A face tranquila e calma,
oculta as ânsias de amores.
Messias da Rocha (Juiz de Fora/MG)
É um teatro a nossa vida,
pois, de forma repentina,
toda cena é interrompida
e a morte fecha a cortina.
Olympio da Cruz Simões Coutinho (Belo Horizonte/MG)
Lá fora, a densa neblina;
no quarto, eu com minha amada;
levanto, cerro a cortina
e prolongo a madrugada.
Menção Especial (em ordem alfabética)
Cezar Defilippo (Astolfo Dutra/MG)
Pão e circo, o povo, um berro
contra o furto e a distinção,
sobram cortinas de ferro,
nas mesas faltando o pão...
Danusa Almeida (Ponte Nova/MG)
Meus olhos, feito cortina,
se abrem ao amanhecer
e a luz, tão clara, me ensina
a grandeza de viver!
Hudson de Almeida (Alfenas/MG)
De uma mãe, cada oração,
ajoelhada com fervor,
abre a cortina da unção,
do céu chove luz de amor!
José Almir Loures (Astolfo Dutra/MG)
Teu abraço abre a cortina,
nesse palco iluminado...
e, como é doce a rotina,
de entrar em cena ao teu lado.
Romilton Faria (Juiz de Fora/MG)
O tempo feito cortina
desce na vida da gente,
e a velhice repentina
aparece em nossa frente.
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Categoria: Veterano
Tema: Dedo (Humor)
Vencedores
1º lugar: Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho (Juiz de Fora/MG)
A gatinha paquerada
por vovô, que faz assédio,
responde, à dita cantada,
erguendo o seu dedo médio.
2º lugar: Célia M. M. Mendonça de Melo (Juiz de Fora/MG)
Para a esposa furiosa,
explica o Zé Carapina:
foram dois dedos de prosa
lá no boteco da esquina.
3º lugar: Cezar Defilippo (Astolfo Dutra/MG)
Urologista pôs medo,
matuto diz: - não se zangue,
pelo tamanho do dedo
prefiro o exame de sangue!
4º lugar: Arlindo Tadeu Hagen (Juiz de Fora/MG)
Se escolho um doutor na lista
a competência é o segredo,
mas de um certo especialista
olho a grossura do dedo!
5º lugar: Antônio Francisco Pereira (Belo Horizonte/MG)
Minha sogra, dedo em riste,
me expulsou pela janela,
o que não me deixou triste
pois levei a filha dela.
Menção Honrosa (em ordem alfabética)
Alice Gervason (Juiz de Fora/MG)
O dedo posto indicava,
como passar no portão,
mas ele sempre pulava,
a cerca do próprio irmão.
Dulcídio de Barros Moreira Sobrinho (Juiz de Fora/MG)
Vendo a coisa ficar preta,
o neném aprende cedo,
que na falta de chupeta,
o jeito é chupar o dedo.
José Almir Loures (Astolfo Dutra/MG)
Era o “toque”, malfadado,
e eu já sentindo o terror,
fugi da sala, assustado,
com o dedo do doutor.
Luciano Izidoro de Borba (Tombos/MG)
Busquei sombra no verão
e fugi da minha lida...
Com o dedo meu patrão
apontou para a saída!
Márcia Jaber (Juiz de Fora/MG)
Tem fama de dedo duro,
o coroinha da igreja
e muita gente, em apuro,
tudo de mal lhe deseja.
Menção Especial (em ordem alfabética)
Alice Gervason (Juiz de Fora/MG)
Com este teu dedo médio,
bem na minha direção,
faz-me tremer! Medo e tédio,
só de olhar pra tua mão.
Arlindo Tadeu Hagen (Juiz de Fora/MG)
Na cabeça uma coceira
deixa o alcaguete inseguro
pois dá mole à rua inteira
a mulher do dedo duro.
Célia M. G. Mendonça de Melo (Juiz de Fora/MG)
Foi flagrado no recreio
e tentou justificar:
não mostrei o dedo feio,
mas não consigo provar.
Déa Lúcia Araújo de Castro (Juiz de Fora/MG)
Com a mão bem na cintura,
dedo em riste, ela esbraveja:
“Sai de cima, criatura!
Toda noite esta peleja!”
José Almir Loures (Astolfo Dutra /MG)
Perguntam e o “vô” não mente,
no sexo, qual seu segredo?
- Eu não pego em coisa quente,
que é pra não ferir o dedo!
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Categoria: Novo Trovador
Tema: Cortina (L/F)
Vencedores
1º lugar: Clemildes Francisco de Paiva (Pouso Alegre/MG)
De manhã, abro a cortina,
o céu desce à minha vista,
voa o mundo na rotina
e agita a mente ufanista.
2º lugar: Abdo Hallack (Juiz de Fora/MG)
Se dissipa e despedaça
com alívio, mas com dor,
a cortina de fumaça
que você chama de amor.
3º lugar: Alexandre Augusto Fernandes Toledo (Sete Lagoas/MG)
Na cortina da verdade,
a luz que tudo revela,
na alvura da claridade,
a mentira se desvela!
4º lugar: Dora Oliveira (Ipatinga/MG)
Quando a tristeza domina
rouba a luz interior.
A fé remove a cortina
é sol que afugenta a dor.
5º lugar: Jonathan Leandro Martins Reis (Congonhas/MG)
Vi cortinas esculpidas
adornando seus altares,
belas artes promovidas
nos templos desses lugares.
Categoria: Novo Trovador
Tema: Dedo (Humor)
Vencedores
1º lugar: Alexandre Augusto Fernandes Toledo (Sete Lagoas/MG)
Neste mundo de abandono
podemos contar a dedo:
folha que dure no outono;
mulher que guarda segredo.
2º lugar: Clemildes Francisco de Paiva (Pouso Alegre/MG)
-O que puseste em teu dedo?
-Aliança ou rastreador?
Casamento assim dá medo,
afugenta o pobre amor…
3º lugar: Abdo Hallack (Juiz de Fora/MG)
Tenha calma e paciência
acaso o medo persista;
melhor não pôr resistência
ao dedo do urologista.
4º lugar: Jonathan Leandro Martins Reis (Congonhas/MG)
Querendo um dedo de prosa
foi visitar a vizinha,
mas, a sua noiva, Rosa,
lhe espreitava da esquininha.
5º lugar: Abdo Hallack (Juiz de Fora/MG)
No pacato cavalheiro
duas coisas metem medo:
ficar sem algum dinheiro,
e urologista e seu dedo.