Eliana Dagmar

QUANDO

Quando a ternura compuser-me os traços
e a solidão for mera referência,
liberta das amarras dos meus passos
serei um verso respirando essência...

Quando o egoísmo que atrofia os braços
buscar seu reino em outra descendência,
viajarei por múltiplos espaços
enfim liberta de qualquer carência...

Quando outro tempo depurar minh'alma,
quando outro estágio me fizer mais calma,
imune aos rogos deste mundo insano,

serei eu mesma em tempo que não cessa,
começo e fim de um sonho que professa
a eterna paz no coração humano!