A força da Trova

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A FORÇA DA TROVA - editorial do “Trovia” de Agosto / 2001      

     Amália Max, Barreto Coutinho, Eno Wanke, Leonardo Henke, Neide Rocha Portugal, Vasco José Taborda, Vera Vargas...

     São alguns dos poetas paranaenses mais conhecidos em todo o Brasil e em Portugal. Por que se tornaram eles tão conhecidos além das fronteiras do estado? Claro: pelo seu talento. Mas, principalmente por um detalhe: fizeram da trova o veículo preferencial de sua poesia.

     O Paraná teve e tem muitos outros nomes importantes no campo da literatura; poucos, porém, conseguiram maior projeção do que aqueles que escolheram caracterizar-se como trovadores (destaquem-se, entre as exceções, o poeta Paulo Leminski e o contista Dalton Trevisan).

     É que a trova, além de ser a forma poética mais acessível ao leitor comum, conta com o apoio de uma verdadeira confraria e com a cobertura de um eficiente sistema de comunicação: dezenas de informativos, colunas em jornais e revistas, programas de rádio, etc. Há no mínimo mil trovadores em permanente atividade, cada um deles acompanhando e incentivando a produção dos demais.

     Por isso, quando se fala, por exemplo, em Amália Max ou Neide Rocha Portugal, pode-se ter certeza de que, a par de seus inumeráveis leitores e ouvintes não-poetas, pelo menos mil irmãos de rimas conhecem e aplaudem o trabalho delas. Tais constatações nos autorizam a sugerir aos que estão se iniciando na arte literária: se vocês quiserem tornar-se conhecidos fora da cidade.