(texto de Olympio Simões Coutinho - Ubá/Belo Horizonte
Em defesa do “pazar”!
Todos nós sabemos da força dos verbos, muito mais “eloquentes” que substantivos e adjetivos. Mas, ainda que eles não fossem mais fortes, há palavras que precisam ser “declináveis” para que sejam diariamente – e cada vez mais – conjugadas por todos.
Vou mais direto ao tema: proponho que seja urgentemente criado o verbo “pazar”. Afinal, guerrear existe desde os primeiros tempos e, talvez por isso mesmo (pela força do verbo) vem sendo desde então conjugado... e, infelizmente, cada vez mais praticado.
É claro que, em princípio, a gente estranha a nova palavra, pazar. E imagine então sua conjugação: Eu pazo, tu pazes, ele paza, nós pazamos, vós pazais, eles pazam. A não ser o “pazes”, com o qual os bons têm certa intimidade, as demais expressões soam engraçadas, mas, rapidinho, a gente se acostuma.
E segue uma proposta (que é um pedido): antes que os homens que cuidam das leis da ortografia brasileira resolvam seguir nossa sugestão (o que pode demorar um pouco), que tal a gente – que tanto paza – começar a usar o verbo e suas derivações em quaisquer que sejam nossas manifestações, inclusive em nossos poemas e as trovas?
Olympio Coutinho
Poeta del mundo
Observação necessária: Estou ciente da existência do verbo pazear, o qual, porém, não me parece significar "pregar a paz" ou "fazer a paz" e sim, talvez, "fazer as pazes", "resolver um impasse" ou coisa assim... bem mais fraquinho, na minha opinião.