A TROVA BRASILEIRA DE LUTO!
Ouverney, Nádia, Nélio e João Paulo Através de email enviado pelo amigo trovador Hermoclydes Siqueira Franco às 07,43hs deste dia 20.11.2008 recebemos a infausta notícia do falecimento de NÁDIA SANCHES HUGUENIN, ocorrida na noite de 19 de novembro, com sepultamento na tarde do dia 20, em Nova Friburgo. Para o mundo da Trova não poderia haver notícia mais triste.
Nádia é uma pessoa muito especial para todos e especialmente para mim. Na primeira vez que concorri em Friburgo, em 1999, ela foi a primeira pessoa com quem falei. Sempre atenciosa, sempre muito educada. Este ano, 2008, quando me tornei "Magnífico Trovador" naquele belíssimo município, Nádia estava como presidente da UBT de Nova Friburgo, cargo do qual solicitou afastamento há questão de um mês, devido ao agravamento de suas condições de saúde. Foi ela também que, oficialmente, passou-me a notícia de minha conquista, por telefone, na noite de 03 de abril.
Professora formada em Português, Francês e Literatura Francesa, era também radialista. Durante muito tempo comandou diariamente, pela Rádio Friburgo AM, o "Cantinho da Nadinha", um programa de variedades. Casada com o também radialista Ernani Huguenin, deixa três filhos: Adenauer, Emerson e Alessander.
Eis apenas algumas de suas muitas trovas consagradas:
Este vazio em meu peito,
esta falta de carinhos,
são drogas de longo efeito:
vão me matando aos... pouquinhos.
Aquele olhar envolvente,
que com meus olhos cruzou,
fez qual a estrela cadente:
mostrou-me a luz... e passou.
Ante o olhar austero e frio
daqueles que te criticam,
sê como as pedras do rio:
vão-se as águas... elas ficam...
Nádia, você que falou tanto de saudade através de seus versos, não imagina o tamanho desta que há de deixar em nossos corações. Ainda mais agora, às vésperas de festejar o Jubileu de Ouro dos Jogos Florais de Nova Friburgo, que era o sonho que ultimamente você mais acalentava comandar... Os 50 anos de Jogos Florais, em 2009, serão movidos a lágrimas, porque é impossível imaginar Jogos Florais em Nova Friburgo sem ver a sua imagem à frente de tudo, comandando ou assessorando, com o brilho de sua alma, a competência de seu trabalho e o calor de sua presença.
Nádia, irmãzinha, esta batalha nós perdemos para Deus. Não tem jeito. Você, a partir de agora, há de assistir a tudo lá de cima, em um local muito mais privilegiado, porém... distante de nossos olhos e de nosso abraço.
Muito obrigado por tudo e até um dia!
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NOTA = texto escrito em 20.11.2008