AMARO PRATA TAVARES nasceu em Conceição de Macabu/RJ, a 24 de janeiro de 1925, filho de Castro Tavares e Izaltina Prata Tavares. Radialista, jornalista, era redator-chefe do jornal "A Cidade" e noticiarista da Rádio Campos-Difusora. Sempre foi um nome conceituado na literatura de Campos, onde era radicado. Vários livros. Faleceu em 11 de julho de 1994.
O vento sopra e balança
o trigal, em vibração,
e nele planta a esperança (Ponta Grossa 1986)
de em toda a mesa haver pão.
Roubei-te um beijo, outro dia,
todo nervoso, afobado,
e, fazendo-o, quem diria
que, roubando, fui roubado?...
Por que sou pobre e feliz?
Não há mistério, suponho...
É que ao real sempre fiz
dosar um pouco de sonho.
Você sorriu, de repente,
num gesto puro, de amor.
- e foi como se, fremente,
um botão se abrisse em flor.
Cicatriz na minha face
não é de faca ou espada...
É da lágrima fugace
que nunca foi derramada.