Therezinha Tavares - Nova Friburgo

     THEREZINHA TAVARES  nasceu em Nova Friburgo no dia 31 de maio de 1933, filha de João Tenor Tavares e Francisca Rosales Tavares.  Professora- 3º Grau -  Licenciada em História  ( já aposentada).  Como trovadora, além de diversos prêmios recebidos, é uma incansável batalhadora em prol da UBT  - Seção Nova Friburgo.  Livros publicados:   "Nas Asas do tempo" e  "Viagem" - ambos de poesias.  
      É fotógrafa - Associada  à Sociedade Fotográfica de Nova Friburgo - com várias mostras.

Ao tirar da noite a manta,                  (co-vencedora em Taubaté - 2009)

a alvorada traz fulgores,

o dia então se levanta

espreguiçando em mil cores.

 

Se falas do amor em nós,                (Menção Honrosa "local" em Nova Friburgo - 2009)
não ouço...duvido sim!
ciúme em viva voz
gritando dentro de mim.

 

Vê passar o seu vizinho,                    (4º lugar "local" em Nova Friburgo - 2009)
e a mulher sente revolta
do suspiro, bem fininho,
que o marido dela solta.
 

A vovó pede socorro

ao ver um vulto passar.

Eu de susto quase morro...                 (1º lugar "local" em Nova Friburgo - 2010)

sinto o vulto me apalpar!

... foi um caminho perfeito
de poesias e flores...
Acabou-s, está desfeito,
nem há mais fonte de amores!

Na travessia da vida
fiz jornadas corajosas,
não deixei trilha esquecida,
na passagem deixei rosas.

Vivendo sem direção
sou pluma no céu, perdida,
seguindo meu coração
ávido... buscando a vida!

Do céu surgiu bela imagem
não sei se rainha ou santa,
mas não passou de miragem,
se desfez, não mais encanta.

Quem passa a noite ao relento
e se entrega ao deus dará,
joga a própria vida ao vento
não sabe o fim que terá.

De águas passadas de um rio,
das saudades que eu não quis
guardei um álbum vazio
da viagem que eu não fiz.

Nunca perca um só momento,
não leve a vida vazia,
não maltrate o sentimento...
eis o conselho do dia.

Não desisto da conquista
do teu afeto e carinho,
já deixei exposto à vista
um feitiço em teu caminho.

Uma folha ressequida
dentro de um livro guardada,
hoje é resquício sem vida
de amor... poeira de nada.

Na tristeza do meu pranto
na beleza e na alegria,
em minha alma, lá num canto,
vive sempre a poesia.

Perco a paz...não a retenho,
tonteio...fico sem norte,
se o equilíbrio não mantenho,
na minha emoção mais forte.

Não te esqueço eis a verdade,
sempre em mim estás presente;
tua ausência é uma saudade
sentida constantemente.

Quando o sol lá no poente
anuncia o entardecer,
procuro o amparo silente,
dou descanso ao meu viver!

As emoções esquecidas
da minha vida passada,
são as estrelas perdidas
nos sonhos da madrugada.