Eduardo A. O. Toledo

EDUARDO A. O. TOLEDO, nascido em Pouso Alegre-MG, em 06 de maio de 1941, é filho do Desembargador Geraldo Toledo e da memorialista Alvarina Amaral de Oliveira Toledo.  Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi Fiscal de Rendas no Rio de Janeiro. Casado com a artista plástica  Águeda Toledo, com quem teve 3 filhos.

 

No trem da vida prossigo        (M. Especial Peruíbe 1999)
e, à luz da terceira idade,
eu vou levando comigo
um vagão só de saudade!

 

No trem da vida prossigo...
E, à luz da terceira idade,
eu vou levando comigo                (1º lugar Olhão-Portugal 2006)
um vagão só de saudade!

 

O sonho que me incendeia
à luz da terceira idade            (Venc. Belo Horizonte 2002)
parece uma lua cheia
no infinito da saudade!

 

O sonho que me incendeia,       (2011 N.Friburgo, Conc. Paralelo)

à luz da terceira idade,

parece uma lua cheia

no infinito da saudade !

 

Um aroma diferente              (1º lugar Olhão- Portugal 2002)
envolve a terceira idade:
--é quando o olfato da gente
sente o cheiro da saudade!

 

Os meus sonhos vão ao léu,
pelas asas da ilusão...
- Plantando flores no céu...
- Colhendo estrelas no chão!
 

A mentira mais fingida
que aprendi, quando criança,     (5º lugar em Pouso Alegre - 1967) (publicada como trova filosófica nº 385 de "A Trova no Brasil" - livro de Aparício Fernandes, 1972)
foi ouvir que pela vida
quem espera sempre alcança.

 

A saudade se embaraça
e a paixão se intensifica...                        (1o. lugar - Friburgo - 2000)
- Não pelo instante que passa,
mas pelo instante que fica!

 

Por ser caboclo do mato,                     (4º lugar Nova Friburgo - 2006)
de capina a vida inteira,
meu mundo tem o formato
de uma roça sem fronteira!

 

Durmo tranqüila e feliz              (1º lugar Pouso Alegre 2001)
na madrugada sem lei,
quando meu filho entra e diz:
- A bênção, mãe, eu cheguei!!!

 

Corroendo o coração                   (1º lugar Petrópolis 2001)
e a cabeça endoidecendo,
o ciúme é a sensação
do que se vê... não se vendo!

 

A vingança não me agride,                   (Venc. SP 2001)
pois tenho de prontidão
as armas para o revide:
- o entendimento e o perdão!

 

Minhas saudades, no estágio
de tantos sonhos em vão,
até hoje pagam ágio                        (ME Pirapetinga 2002)
no guichê da solidão!

 

Tendo a paixão como escolta                (MH Pouso Alegre 2002)
e o coração em sentido,
saudade é um sonho que volta,
sem que nunca tenha ido!

 

O homem conquista e arrebanha
mais altura e põe-se em pé,
quando desce da "montanha"
e professa a sua !!!                          (Venc. Taubaté 2004)

 

Por mais que eu galgue as montanhas
dos sonhos, dos ideais,                              (Venc. Manhumirim 2004)
vem uma voz das entranhas
e me ordena: "SUBA MAIS"!!!

 

Ao devolver minhas cartas,
o carteiro nem sabia                       (1º lugar Sete Lagoas 2005)
que, além de saudades fartas,
os meus sonhos devolvia!

 

Bate a neblina... Em meu quarto,
na solidão que me invade,                          (Venc. SP 2005)
a saudade inventa um parto...
e nasce uma outra saudade!

 

Em minha filosofia                               (2º lugar Pirapetinga 2005)
o amor é um barco ao relento:
- soberbo na calmaria...
- e incauto à fúria do vento!!!

 

Vaga o meu sonho ao luar                 (2º lugar Salinópolis 2005)
num dilema permanente:
- se pesca a estrela-do-mar...
- se colhe a estrela cadente!!!

 

Meu pai, que venero tanto,
e não sai dos sonhos meus,
foi muito mais do que um santo,
foi cá na Terra o meu Deus!

 

Na viagem da ilusão,
pela tarde azul e morna,
vivo a esperar na estação
um trem que nunca retorna!

 

O meu sonho misantropo,     (Menção Honrosa em Rio Novo/MG - 1997)
deslizando na subida,
até hoje busca o topo
do pau-de-sebo da vida!

 

No engenho do desencanto      (Menção Honrosa em Sete Lagoas, 1997 - TEMA LIVRE)
vou moendo a soledade
e destilando o meu pranto
no alambique da saudade!

 

Acalme a ira em seu sangue
e as injustiças suporte,
pois a ofensa é um bumerangue
que sempre volta mais forte!

 

Recordações na parede,
cacos de sonhos no chão
e o passado, numa rede,
embalando a solidão!

 

Neném... Zé Gordo... Tuinha...        (Bandeirantes 1996)
Zeca saci... (Que distância!)
- Cadê a turma que eu tinha
na rua da minha infância"?

 

No leilão do teu amor,
se a prenda for um romance,         (Menção Honrosa em Pouso Alegre - 1998)
eu pago qualquer penhor
e cubro o último lance!
 

Sua história... seus desterros...      (trova premiada em Sete Lagoas - 2000)
Minas, de formas Gerais,
apesar de muitos erros
nos deu acertos demais!

 

O nosso amor, cuja essência
é uma volúpia banal,
parece até reticência
com ar de ponto final!
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TROVAS DE BOM HUMOR

 

Minha assanhada vizinha,
enrugada e sem calor,
parece um velho "fusquinha"
já "rateando" o motor.

 

Diz a viúva: “O que causa
este tremendo calor?
- E o Doutor: “É a menopausa       (Garibaldi 2002)
e a falta de um vibrador!!!