Antes, um esclarecimento...
Como site prestador de serviços e envolvido com ideais democráticos, o "Falando de Trova" tem como função principal informar o que ocorre no universo da Trova, como divulgação de concursos, criação de páginas para trovadores e exposição de extensa biblioteca de trovas.Dentro deste universo temos nossos informantes, nossos colunistas e nossos amigos em geral, que colaboram gratuitamente, sempre em prol de uma boa causa.
Obviamente, há informações pacíficas e também polêmicas, mas sempre tentando preservar a verdade dos fatos.
O Magnífico Trovador Pedro Ornellas publicou uma matéria documentada envolvendo a história da fundação da UBT, seção São Paulo - vide link
http://falandodetrova.com.br/averdadeirahistoria
Como era de se esperar, a matéria repercutiu. A Magnífica Trovadora Carolina Ramos, que também é Presidente do Conselho Nacional da UBT (União Brasileira de Trovadores), na sequência, publicou um texto no Boletim Oficial da Entidade, que, também por nós publicado, gerou uma resposta de Pedro Ornellas, tudo conforme o link a seguir:
http://falandodetrova.com.br/palavrasdedesencanto
Para que o leitor acompanhe (e entenda o que está acontecendo), o texto que agora apresentamos corresponde ao "direito de resposta" de Carolina Ramos, em email que ela nos enviou em 13 de setembro de 2011. Cujo título é: PALAVRAS DE DESENCANTO II.
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Palavras de Desencanto (nº 2) - 11-9-2011
(texto de Carolina Ramos - Pres. Cons. Nacional da UBT)
Pedro Ornellas, meu Irmão na Trova:
Já é hora do basta! Tentei! E não o consegui convencer! Você tentou, bastante, e, também, não me conseguiu convencer! Então, por que continuarmos a gastar nosso latim, nossa saúde e precioso tempo?! Paremos por aqui, o que você classifica de “guerra pessoal!” e que eu chamo de idealismo. Os idealistas hoje são raros, e eu não me arrependo de confessar que sou um deles, embora não sem raras experiências desagradáveis, através dos tempos!
A UBT é fruto do amor e do idealismo de alguém que acreditou fosse capaz de criar um mundo feito de Irmãos, que se respeitassem e se tratassem fraternalmente. A bandeira? A TROVA! Colocou esse mundo, por ele criado, nas mãos protetoras de quem, por sua edificante vida, poderia servir de modelo àquela confraria, São Francisco de Assis! Esse Mundo, o nosso Mundo da Trova, Pedro, nunca teve fronteiras! Portas abertas, aceitava e aceita quem nele queira entrar! E todos entraram! Quer para trabalhar pela manutenção desse mundo ou para usufruir dele. Entraram mesmo aqueles que, depois de algum tempo, resolveram se insurgir contra os seus princípios.
O saudoso Luiz Otávio, criador deste mundo tão nosso, nos deixou, em 1977.
A continuidade desse Nosso Mundo, herdado dele, passou a depender do amor daqueles que, integrados à família trovadoresca, aceitavam essa comunidade poética, usufruíam das suas benesses, respeitando suas normas, sem restrições! Eu liguei-me a nesta fraterna comunidade, desde o primeiro instante em que foi criada, em 1960, ou até antes, pois já pertencia ao GBT, destruído por incompreensões e excesso de intrigas. E entrei de coração aberto! E amei, encantada, cada um que lá encontrei como verdadeiro e queridíssimo irmão! O irmão que eu nunca tivera, pois sou filha única! Isto foi por volta de 1960. Não sei calcular quando você, Pedro Ornellas, chegou até nós. Sei que chegou bem depois, seja lá quando, e trouxe na bagagem o brilho do seu talento o que logo o ombreou aos melhores trovadores que lá encontrou.! Você foi integrado, foi mimado, foi aplaudido por todos. Você cresceu! Mas,( digo com pesar!), depois de um tempo, achou-se no direito de questionar aquele mundo para o qual seus esforços ainda bem pouco haviam contribuído, a não ser se levado em conta seu brilho próprio, que sempre foi bem remunerado pelos aplausos sinceros de todos que o cercavam. Em vez de colaborar, criticava
Mas, a verdade é que você não estava realmente integrado na nossa confraria trovadoresca, como todos acreditávamos o que era lícito esperar! E o que é bastante lamentável!
Achou-se no direito de questionar as normas que regem esse mundo poético, instalado no coração da UBT, que tão carinhosamente o acolhera! E não deixou por pouco! O questionamento veio espaçoso e falando alto, através de blogs da Internet! Surpresa geral! Estranheza e decepção de muitos que lealmente amavam a UBT! Questionou o nosso catolicismo, questionou os nossos símbolos, a Missa em Trovas e também, (o que é de doer!) questionou o nosso Padroeiro São Francisco, que sua fé não aceitava, mas que, a grande maioria da UBT, sim!
Pres. do Conselho Nacional da UBT, e ciente do desconforto gerado pela sua atitude, dentro de minhas funções e conciliadora por tendência, adiantei-me a dar-lhe resposta, antes que alguém o fizesse de forma, quem sabe, menos branda! E com a minha resposta, foi, também, o indispensável aconselhamento para que você, Pedro, evitasse usar a Internet para pronunciamentos como aquele, que envolviam assuntos internos e administrativos da UBT. O que era prejudicial para a entidade. Todos nós sabemos o quanto é nocivo para qualquer entidade, o vazamento de problemas internos, que, na maioria das vezes, podem ser resolvidos numa reunião administrativa, entre quatro paredes!
Você agradeceu, respeitando minhas palavras! E, feliz, acreditei que isso não mais aconteceria! Mas, você, Pedro, estava ocultando seus sentimentos! A Missa em Trovas, que a maioria, católica, aprovava, assim como também a aprovou o Santo Papa João Paulo, passou a ser reservada para solenidades especiais. Um Texto Ecumênico, do mesmo A.A de Assis, substituiu-a. Soube, posteriormente, que seu ego ainda não ficara satisfeito com essa medida, embora jamais fosse obrigado a entrar numa Igreja Católica e, muito menos, a assistir uma só Missa , em programações da UBT!!!
E, neste 2011, a história se repete! E você, de novo, volta a usar dos mesmos meios de difusão - os blogs da Internet, abertos a trovadores filiados, ou não, à UBT!! A sua reivindicação, (boa causa, que todos aprovariam) chegou pela Internet inesperada e impactando todo o mundo! Com críticas, exclamações e expressões alarmistas, como, “Pasmem!” “Surpreendam-se...” Por que isso, Pedro? Além de acender a fogueira, faz questão de alimenta-la?! Bem...Tudo isto já foi debatido por nós, até a exaustão! Você fez questão de criticar a UBT por uma injustiça que não houve. Negada até mesmo pela pessoa alvo de sua pretensa defesa! Bastaria que propusesse a volta dessa mesma pessoa à nossa UBT, da qual ela se afastara espontaneamente, por motivos de saúde, como disse de público! Não teria sido bem melhor se você tivesse sugerido uma homenagem, à poetisa, por serviços anteriormente prestados?! E isto sem causar ressentimentos, sem arranhões e nem máculas para a UBT!!!
E quem não concordaria com essa proposta, Pedro?!!! Quem?!
Mas, ficou provado, que esta solução pacífica, simplista e racional, não bastava para você! As confusões feitas, com a inclusão do nome da poetisa, que todos conhecemos e que merece o nosso respeito, é tão evidente quanto o fato de não ter ela nada a ver com o caso em questão! Ficou evidenciado, também, o seu tenaz empenho em desviar sempre o foco de minhas palavras para nome dela, embora o meu texto enfocasse apenas a sua falta de ética! Chegou até a distorcer uma frase minha, o que lhe tirou o sentido e mudou o sujeito da frase, fazendo com que parecesse dirigida a ela, e não a você, como realmente era. E você ainda procura chamar a atenção do leitor para esse despropósito! Querendo passar a impressão de que eu era contrária à reaproximação dela, à UBT! Isto não é certo !! Não é leal!! Mais um erro que você não tem a humildade de reconhecer! Se usei a frase no plural, é porque falava impessoalmente, sem pretender citar nome de ninguém, já que, no meu íntimo, pesavam, lembranças de outros casos, vivenciados por outros protagonistas! E você diz que eu poderia ter publicado seu nome ,que responde pelo que escreve! O fato é que gosto bem pouco de palcos e pensei que o mesmo acontecesse com você!
Paro por aqui!
Lamento, profundamente, Pedro, que tudo tivesse chegado a este ponto! Zelo de um lado, indisciplina de outro. Senso do dever, de um lado, e falta de humildade, de outro! Cobrança de ética...e... menosprezo à mesma! Não dá para ir adiante!
Nossas religiões diferem, mas nosso Deus, não! Nosso Deus é o mesmo! Com muita humildade, deixemos, Pedro, que Ele decida sobre quem está, ou não, com a razão.
Caso considere que eu é que estou errada, um dia responderei por esta culpa. E, se assim for, desde já, perante Ele, que já me perdoou outras faltas, me penitencio, pedindo-Lhe que me perdoe mais esta!
Pela nossa UBT
Carolina Ramos
Não escrevo, nem quero, por favor, receber mais nenhuma correspondência sobre este assunto.
Apelo para o direito de ver publicado esse texto nas mesmas fontes que divulgaram os seus.